domingo, 27 de abril de 2014

Matt Roberts



Matt Roberts

Biografia:

Matt Roberts ( EUA ) é um artista de novas mídias especializada em performance de vídeo em tempo real e novas aplicações de mídia. Seu trabalho tem sido destaque internacional e nacional, incluindo shows em Taiwan , Brasil, Canadá , Argentina , Itália, México e em Nova York, San Francisco , Miami e Chicago. Ele tem demonstrado em vários festivais de mídia , incluindo novas ISEA , FILE, 404, confluência , e recentemente recebeu o prêmio Transitio do Festival Transitio_MX na Cidade do México . Ele é o fundador da MPG : Performance Mobile Group , e professor associado de Arte Digital na Universidade de Stetson .

Obra
 


 
Esta obra responde ao tamanho atual e o calendário das ondas do oceano mais próximo do seu local atual. A cada meia hora os dados mais atuais da estação mais próxima bóia oceano é baixado. Software personalizado usa a altura de onda de corrente e dados do período de onda dominante da bóia e transforma essa informação em uma onda de som de baixa freqüência . Como o tamanho eo calendário das ondas no oceano mudança , o mesmo acontece com a frequência das ondas sonoras produzidas pelo software. Essas ondas sonoras agitar uma bacia de água sentado em cima de um alto-falante . Este abalo produz padrões de ondas na tigela que são capturados por uma câmera de vídeo , modificado pelo software e projetada em uma parede. Como as ondas do tamanho da mudança oceano e freqüência, as ondas na tigela também vai mudar. Isso resulta em variações contínuas das formas e padrões que se vê e ouve o que também reflete as condições de constante mudança do oceano.

Bibliografia
http://file.org.br/interactive_installation/matt-roberts/?lang=p

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Raquel Kogan

Raquel Kogan


Nasceu em São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Artista focada na investigação e possibilidades dos meios digitais.  Utilizando reflexões em vidros, espelhos e água, suas instalações com séries numéricas infinitas e multiplicações imagéticas e sonoras se articulam a fim de formular um novo espaço gerador de distintas leituras na interação com o público.
A produção de Raquel Kogan é um bom exemplo de uma artista que dialoga com os materiais e as mídias, com as linguagens tradicionais e contemporâneas de uma forma criativa, seja com imagens, objetos e ambientes, sem perder uma unidade poética. Desde suas primeiras obras em 1996, em pintura e gravura, percebemos uma escrita e a utilização de números que criam o seu universo poético.

Formada em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie em 1978, participa de mostras individuais e coletivas em diversos países, tais como México, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e Portugal. Recebe vários prêmios: Rumos Cibernética Itaú Cultural, com a obra Reler (2007), Menção Honrosa no 6° Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, com Reflexões e suas inflexões (2005), Selecionado para o 5° Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, com Reflexão (2004), Rumos Transmidia Itaú Cultural, com Reflexão (2002) e Fundação Rômulo Maiorama no Pará, com prêmio aquisição (2000).

As suas instalações constroem uma sensação de infinito visual, através da reflexão em vidros, espelhos e água, onde o público interage e integra-se com números que habitam o espaço como uma contagem infinita, aberta para infinitas interpretações.


 

Comentário Crítico
Raquel Kogan tem uma relação estreita com a escrita e outros códigos linguísticos. Tanto em suas pinturas e gravuras quanto em suas instalações e projetos multimídia utiliza códigos alfanuméricos que se arranjam em formações pictóricas. Essas formas, ao mesmo tempo em que ecoam a cultura judaica - viva graças à escrita -, possibilitam, segundo o artista Antonio Malta Campos (1961)2, "várias leituras que se anulam e se reduzem ao essencial: o aspecto visual, quase táctil, do texto escrito". A curadora Stella Teixeira de Barros compara os trabalhos de Raquel Kogan com os caligramas dos "pré-textos" da artista Mira Schendel (1919 - 1988) - também de origem judaica -, mas defende que sua obra é resultante de um processo reflexivo autônomo3. Essa autonomia fica mais clara conforme essas grafias são incorporadas às instalações interativas. O trabalho de Raquel Kogan com a linguagem se completa ao estudar as dimensões e os limites da interação, pois assim se entende que o sentido existe somente na relação com o outro. Na obra #Reflexão o espectador sabe que participa da obra e transforma-se em seu próprio observador em uma fusão com o cenário, que o desorienta. Como analisa o curador Teixeira Coelho4, observadores estão sujeitos à intervenção dos demais e não controlam a situação, o que acaba por permitir a criação de uma sensibilidade geral que, pautada pelos reflexos, redefine os limites da identidade.


 

Web site http://www.raquelkogan.com

Curriculo http://barogaleria.com/wp-content/uploads/2010/07/Raquel-Kogan.pdf

Exibições: http://barogaleria.com/exhibition/arsenal/
Fontes:
http://www.cibercultura.org.br/tikiwiki/tiki-index.php?page=Raquel+Kogan

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_item=1&cd_verbete=3970.&cd_idioma=28555


 


 

    

terça-feira, 15 de abril de 2014

Erthos Albino de Souza



                                            Erthos Albino de Souza 


Biografia
Erthos Albino de Souza (Ubá MG 1932 - Juiz de Fora MG 2000). Poeta e artista gráfico. Formado em engenharia, utiliza a física e a matemática em sua criação poética. É um dos primeiros autores brasileiros a empregar o computador na elaboração de seus poemas. Em Salvador, edita a revista literária Código, uma das mais importantes publicações de vanguarda do período, da qual saem 12 edições, entre 1974 e 1990. Como pesquisador, colabora com Augusto de Campos(1931) e Haroldo de Campos (1929 - 2003) no levantamento de referências bibliográficas para os livros Re-Visão de Sousândre, Re-Visão de Kilkerry e Pagu: Vida-Obra. Colabora em revistas como Polem, Muda, Artéria e Qorpo Estranho e participa de antologias como 25 Poetas / Bahia.
Importância da sua Obra:
O mais radical dos poetas brasileiros, Erthos Albino de Souza tem o duplo mérito de, por um lado, dirigir uma das mais importantes revistas brasileiras de poesia de vanguarda (Código, editada em Salvador) e, de outro, ter desenvolvido técnicas de dessemantização de textos, por meio da introdução em seus corpos de taxas controladas de ruídos, de modo a fazer degenerar mensagens previamente construídas. Engenheiro de formação, ele aplicava modelos conceituais matemáticos ou físicos à construção ou desconstrução de textos. O poema gráfico Le Tombeau de Mallarmé é uma boa demonstração desse processo. O poeta elaborou um programa de distribuição de temperaturas e o aplicou a um fluido aquecido que corre no interior de uma tubulação. Esse programa permitia obter um desenho das diferentes temperaturas do fluido nas diversas secções da tubulação, mas como o poeta-engenheiro codificou o seu sistema gráfico de modo a que cada fase de temperaturas correspondesse a uma das letras do nome de Mallarmé, o resultado é um gráfico em que as letras se dispõem no espaço formando configurações que lembram imaginariamente o "túmulo" de Mallarmé. Aquecendo o fluido a temperaturas diferentes, ele obteve diferentes esquemas gráficos e, portanto, várias configurações do nome de Mallarmé, donde a seqüência gráfica que compõe o poema.
O poema mais conhecido de Erthos Albino de Souza é Le Tombeau de Mallarmé, publicado em 1974. Essa composição é uma série de variações gráficas executadas por computador, em que as letras iniciais do sobrenome do autor francês são distribuídas espacialmente, formando arranjos visuais que sugerem a imagem de um túmulo ou estela, como observa Haroldo de Campos.1
Essas variações foram criadas com base na resolução de um problema de física sobre a distribuição de temperatura numa tubulação, o que indica a forte proximidade entre poesia, ciência e tecnologia na obra do poeta, amigo e colaborador dos concretistas do grupo Noigandres, de São Paulo. Conforme escreve Carlos Ávila, Erthos tem grande importância como incentivador de uma geração de poetas construtivos brasileiros. Seu trabalho como editor da revista Código, do início dos anos 1970 até 1990, é fundamental para a formação e divulgação de autores como Pedro Xisto (1901 - 1987), José Lino Grunewald (1931 - 2000), Antonio Risério, Duda Machado, Paulo Leminski (1944 - 1989) e Alice Ruiz (1946).
Omar Khouri, em seu livro Revistas na Era do Pós-Verso, afirma que Erthos Albino de Souza, apesar de poeta, "nunca se esforçou para aparecer enquanto tal, preocupando-se mais com editar o trabalho alheio, sendo de uma generosidade rara. Ajudou a editar muitos trabalhos de poesia e metalinguagem. Em Invenção, já aparece como colaborador. Poeta que opera nos interstícios dos Códigos/linguagens, veicula em seu trabalho nesgas de informação, primando pelas sutilezas, onde o verbal se funde com o visual: é verdadeiramente um poeta intersemiótico".2
Usando computadores em seu processo de criação, Erthos elabora muitos poemas que se distinguem pelo modo coerente como incorporam as novas tecnologias, como se vê no trabalho em que utiliza fotos de Brigitte Bardot, cuja imagem, construída com letras, vai gradativamente se desmanchando.
O poeta não publica nenhum livro em vida; todos os seus poemas são veiculados em revistas de vanguarda da época, com pequenas tiragens e restrita circulação. Carlos Ávila, em seu trabalho O Engenheiro da Poesia, que inclui uma entrevista realizada com Erthos Albino (no livro Poesia Pensada), faz um levantamento de seus poemas publicados, um total de 23, entre eles Step by Step e Púbis (revista Qorpo Estranho nº 1), Androgynous (Jornal Dobrabil), Louvação para Pagu (revista Artéria) e Drapoeil (revista Muda).
Além das próprias composições poéticas, Erthos Albino de Souza colabora na execução gráfica ou digital de poemas de outros autores, como Vogaláxia, de Pedro Xisto, Cidade, de Augusto de Campos, e Mundo Livre, de Haroldo de Campos. Como pesquisador, tem atuação relevante no levantamento bibliográfico de autores inventivos do passado, como o maranhense Sousândrade (1833 - 1902), o baiano Pedro Kilkerry (1885 - 1917) e a paulista Patrícia Galvão - Pagu (1910 - 1962).

Referências:
Acessado 24/03/2014
Acessado 24/03/2014


Obra: Le Tombeau de Mallarmé


Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro



Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro
 



Biografia
Nascido na Covilha em 1932, Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro, é um engenheiro, escritor, critico, ensaísta, artista plástico, mas é conhecido principalmente por ser um poeta experimental. Conta no seu currículo a passagem em diversos estabelecimentos de ensinos espalhados pelo mundo, formou-se em Engenharia Têxtil em Bradford, em Inglaterra em 1956, muitos anos depois tirou o doutoramento em Letras na Universidade de São Paulo, corria o ano de 1998. Destacar no campo de ensino, a sua actividade de professor de Design Têxtil no Instituto Superior de Arte, Design e Marketing em Lisboa.
                 
Ao longo dos mais de 50 anos de trabalho, da poesia concreta e experimental à infopoesia, passando pela vídeopoesia, passando pela criação de fractais em forma de imagens, foram estes os principais focos de trabalho em forma de arte deste artista contemporâneo português. É uma figura marcante do contexto artístico do panorama português, nomeadamente nas décadas de sessenta e setenta, mas posteriormente a isso o seu trabalho mantém-se na investigação na relação entre arte e o desenvolvimento tecnológico. Tal como foi dito anteriormente, Ernesto de Melo e Castro, teve um papel fundamental na poesia experimental portuguesa dos anos sessenta, sendo ele praticante e teórico, introduziu a poesia concreta no nosso país. Várias são as obras de renome deste artista, Ideogramas em 1961, é considerada a obra pioneira da videopoesia em Portugal. Ainda na área da videopoesia, desenvolveu na Universidade Aberta de Lisboa entre 1985 e 1989, um projecto denominado de Signagens. Este projecto consistia na veiculação na televisão de poemas animados pensados especificamente para este meio de comunicação, este projecto foi o desenvolver de um projecto já antigo de Melo e Castro iniciado em 1968, depois da Universidade ter adquirido novos dispositivos de geração de caracteres e edição de vídeo, o que levou ao desenvolvimento e conclusão deste projecto.
                 
A obra de Ernesto de Melo e Castro também é marcada pelas diversas publicações e participações em livros de teor mais literário. Jornal do Fundão e Noticias de Luanda, são alguns dos jornais onde este autor participou e lançou alguns artigos dedicados à poesia experimental. Ainda ao nível da poesia experimental, publicações em nome próprio pegaram destaque na literatura em redor deste autor, livros como Ideogramas, A poligonia do Soneto, Proposição 2.01, Álea e Vazio, Visão Vision são algumas das obras que marcaram o percurso deste autor. Noutro campo, com participação de outros autores consagrados da poesia experimental, Ernesto de Melo e Castro participou e organizou alguns movimentos sobre forma de publicação no período entre os anos sessenta e oitenta, Poesia Experimental I, Poesia Experimental II, Hidra I, Operação I e Operação IIsão algumas das publicações onde Ernesto de Melo e Castro “pôs” a mão.
                 
Actualmente é professor catedrático na Universidade onde tirou o doutoramento, Universidade de São Paulo, onde ainda publica alguns artigos e escreves algumas publicações não só em nome próprio, mas também participa em outras publicações de outros autores.

IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Praticante e teórico da poesia experimental portuguesa dos anos 60, introdutor em Portugal da poesia concreta (IDEOGRAMAS, 1961), é considerado pioneiro da videopoesia. Entre 1985 e 1989, desenvolveu na Universidade Aberta de Lisboa um projeto de criação de videopoesia denominado SIGNAGENS. Nesse projeto, Melo e Castro teve a idéia pioneira de lançar mão do gerador de caracteres para produzir poemas animados, pensados especificamente para veiculação na televisão. Na verdade, já em 1968, Melo e Castro havia realizado um pequeno videopoema de pouco menos de 3 minutos de duração, denominado Roda Lume, que chegou mesmo a ser colocado no ar, no ano seguinte, pela Rádio e Televisão Portuguesa, RTP, num programa de informação literária. Depois, mais exatamente em 1985, quando a Universidade Livre de Lisboa adquiriu um dispositivo completo de geração de caracteres e edição em vídeo, Melo e Castro foi convidado a desenvolver ali um projeto de videopoesia, que acabou por se constituir numa das referências mais importantes da atual poesia que utiliza recursos tecnológicos. Em 1993, realizou o videopoema em cinco partes Sonhos de Geometria, de 30 minutos, publicado em cassete VHS como anexo ao número especial 7/8 de MENU, cadernos de poesias, Cuenca, Espanha.
Acessado 24/03/2014
Acessado 24/03/2014


Obra: Roda Lume

Arnaldo Antunes (1960)


Arnaldo Antunes(1960)


Biografia
Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho (São Paulo SP 1960). Poeta, músico e artista gráfico. Desde a adolescência participa de várias performances artísticas coletivas. Em 1978, ingressa na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), mas não conclui o curso de letras. Em 1980, torna-se integrante da primeira formação da Banda Performática do artista plástico José Roberto Aguilar (1941). Em 1982, apresenta-se pela primeira vez com a banda Titãs do Iê-Iê, que desde seu primeiro disco, de 1984, passa a se chamar apenas Titãs. No ano seguinte publica Ou E, seu primeiro livro de poesia. Durante essa década, coedita os três números da revista literária Almanak, em parceria com o jornalista Sergio Papi (1958), o artista plástico Nuno Ramos (1960), entre outros. Em 1992, Antunes abandona os Titãs para seguir carreira musical solo. No mesmo ano, produz o CD Isto Não É um Livro de Viagem, com leituras do poeta Haroldo de Campos (1929 - 2003), e realiza o projeto gráfico da obra Rimbaud Livre, traduções do poeta Augusto de Campos (1931). Recebe o Prêmio Jabuti, por As Coisas, em 1993. No mesmo ano, excursiona com o show Nome, performance que inclui poesia, música e vídeo. Em 2002, participa do projeto Tribalistas com os músicos Marisa Monte (1967) e Carlinhos Brown (1962). Ganha o Prêmio Jabuti, em 2004, pelo projeto gráfico do livro ET EU TU, parceria com a fotógrafa Márcia Xavier (1967). Publica, em 2006, a antologia Como É que Chama o Nome Disso, reunindo parte significativa de sua obra poética.


Importância de Sua Obra
Arnaldo Antunes é um nome bem mais conhecido no Brasil como pop star, uma vez que foi líder de uma das mais famosas bandas brasileiras de rock: os Titãs. Durante os últimos anos, entretanto, após romper com a banda, ele tem-se voltado a uma antiga paixão: a poesia. De fato, tal como Walter Silveira, Antunes tem sido um dos poetas mais talentosos da geração surgida do movimento da poesia concreta, tendo inclusive publicado várias antologias poéticas de sua autoria. Depois de 1992, ele muda o curso de sua poesia e começa a experimentar uma nova forma de literatura, feita no computador e destinada a ser lida na tela do aparelho de televisão. Utilizando recursos de computação gráfica e de vídeo, ele lança, em 1993, uma seleção de trinta impressionantes videopoemas (Nome), que combina letras animadas com cores mutantes, imagens tomadas por câmeras de vídeo, oralização e música. Tal como o Parabolic People, de Sandra Kogut, é mais um passo na direção de uma arte multimídia, capaz de combinar todas as artes anteriores numa síntese perfeita.

Ano de 2013

Atualmente Arnaldo Antunes está gravando seu novo álbum de inéditas, intitulado “Disco”. O projeto vem sendo gravado nos intervalos entre shows e viagens, deixando assim o trabalho ir se configurando em um prazo mais longo.

Ao optar por esse processo, Arnaldo decidiu mostrar o disco aos poucos, já que os meios de veiculação digital permitem, postando, na página de abertura do seu site, uma faixa por mês, até outubro, quando lançará o disco inteiro. Serão 4 músicas previamente lançadas no decorrer de quatro meses (junho, julho, agosto e setembro).

As inserções acontecem sempre na primeira segunda-feira de cada mês e as faixas vêm acompanhadas de vídeos com depoimentos e making-ofs das gravações, letras, fichas técnicas e um projeto gráfico especialmente concebido para o projeto.

Já foram lançadas duas músicas: Muito Muito Pouco e Dizem (Quem me Dera). As faixas estão disponíveis em streaming no site oficial do artista (www.arnaldoantunes.com.br)
Comentário Crítico
Desde Ou E percebe-se que o tratamento gráfico é essencial para a criação de Arnaldo Antunes. Além do uso inventivo de tipos e tamanhos de fontes, o poeta utiliza-se de outros recursos visuais como, por exemplo, o manuscrito. Escrevendo à mão, grafa sua marca pessoal nos poemas - diferentemente dos poetas concretistas, que na fase ortodoxa pretendiam criar uma poesia gráfico-visual e impessoal.

Contudo, os traços, as rasuras e os garranchos contribuem, a sua maneira, para uma poesia "verbivocovisual": não à toa muitos poemas de Antunes possuem diferentes formatos, ora como cartaz, ora como página de livro, ora como vídeo ou canção popular. A caligrafia também pode causar certo estranhamento, dificultando a leitura desatenta e/ou gerando significados paradoxais.

Do mesmo modo, fotomontagens, cacofonias ou neologismos criam os pequenos paradoxos de livros como Psia e Tudos. O estranhamento da poesia de Antunes, porém, nunca agride o leitor: antes pretende despertá-lo para as belezas escondidas nos mais diversos lugares ou palavras. Para revelar os múltiplos significados contidos naquilo que parece óbvio, o artista por vezes se aproxima da linguagem infantil, como em As Coisas, ou da linguagem publicitária, como em Palavra Desordem. O mesmo acontece nos poemas audiovisuais de Nome, nos quais uma palavra ou expressão desdobra-se das mais variadas maneiras em textos, sons e imagens.

Referências Bibliográficas

ACESSADO EM 24/03/2014
ACESSADO EM 24/03/2014
ACESSADO EM 24/03/2014

domingo, 13 de abril de 2014

Lenora de Barros



Lenora de Barros 


Biografia

Lenora de Barros artista plástica, poeta. No fim da década de 1970, forma-se em linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Sua trajetória artística de Lenora de Barros é marcada pela influência do 
concretismo, seja pela via familiar, através do pai, o fotografo Geraldo de Barros (1923-1998), seja pelo interesse demonstrado pela poesia concreta, sobretudo do grupo Noigandres, formado por Augusto de Campos (1931), Haroldo de Campos (1929-2003) e Décio Pignatari (1927 - 2012). Seus trabalhos iniciais se dão no âmbito da poesia e, em 1983, expõe poemas visuais na 17ª Bienal Internacional de São Paulo, em uma seção especial dedicada ao videotexto, gênero então em efervescência, com curadoria de Julio Plaza (1938-2003).


 Na 17ª Bienal internacional de São Paulo, expõe poemas visuais, realizados pela primeira vez em videotexto. No mesmo ano publica o livro Onde Se Vê, pela editora Klaxon. Muda-se para Milão, onde mora de 1990 a 1991. Nesta cidade realiza a mostra individual Poesia É Coisa de Nada, com trabalhos de 1985 a 1990, na Galeria Mercato del Sale, e faz a curadoria da exposição Poesia Concreta in Brasile, no Archivo della Grazia di Nuova Scrittura. De volta ao Brasil, trabalha como colaboradora do Jornal da Tarde e assina a coluna Umas, sobre experiências poéticas e foto performáticas, de 1993 a 1995. Nesse período, passa atuar como editora de fotografia no jornal Folha de São Paulo e diretora de arte da revista Placar. Em 1998, participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo ao lado de Arnaldo Antunes (1960) e Walter Silveira (1955), com a instalação A Contribuição Multimilionária de Todos os Erros. Em 2000, recebe o Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo. Com o músico Cid Campos (1958), cria, em 2001, a instalação sonora (Des)Encorpa, para a mostra The Overexcited Body, no Palazzo Arengario, em Milão. Nesse mesmo ano, realiza sua primeira mostra individual no Brasil, O que que Há de Novo, de Novo, Pussyquete?, na Galeria Millan, em São Paulo. Em 2002, é contemplada com bolsa da Fundação Vitae e desenvolve o projeto do livro-objeto Para Ver em Voz Alta, e tem a instalação sonora Deve Haver Nada a Ver premiada na 1ª Mostra RioArte, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).


Obra




Bibliografia

https://www.youtube.com/watch?v=irBip6ZWu7M